quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Seu troco, Seu Porco.

Eu disse que era pouco
E você ainda queria me dar troco.
A troco de nada.
De coisa... tá...de algumas.
Eu deixei você me levar,
Me colocar em um pedestal
E quando descobriu o espelho,
Quis fugir?!
Descobriu meus erros...
Tá... desculpe.
Não pude contê-los.
Tá... frio aqui...
Você não está vendo?
Estão todos despidos
Desprovidos de sentidos
Cegos pela “moralidade”
Em busca da rotatividade
O descartável é o hit.
Tá...
A Maria bonita poderia estar em seu assento.
Nesse momento.
Corra, corra.
Não perca seu tempo.
A vida é curta.
É o que eles dizem...
E assim vão desfazendo suas raízes.
Seguindo suas diretrizes...
Ou meretrizes...
Tá frio aqui!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Desencontrados

O ponteiro continuou a girar.
Ela, no meio de tantas funções, esqueceu de uma:
Ser Mulher.
Foi quando o amor pediu pra esperar...

Ele não deixa. Não quer. 
Ela pulsa. Sente,
doa uma delas...

Ele não pára. Não vê, 
pulsa. tic tac tic tac

Ela senta novamente.
Ele ocupa a mente
E o ponteiro?
Esse, nunca pára.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Trem das três



Seguir... Seguir...
E quando a força não vem?
E quando a vontade não é suficiente?
Eu tentava em vão ser alguém.
Tentava provar que existia.
Mas esse corpo hoje só vaga
e espera pela despedida

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Relógio Desajustado



Relógio do coração desajustado.

Acorda na hora errada.

Entrega-se para nada. 

Se permitido fosse regular,

adiantaria a sua chegada.



quarta-feira, 12 de maio de 2010

E se minha rima fosse essa...



Tudo poderia ficar assim:
Eu te reencontrando, 
te atropelando.
Você me sugando.
Tudo de verdade.
Com intensidade.
Sem meias,
nem pares.
Só seu retrato aqui.
Desmistificando tudo.
Recolhendo fundos.
Desmembrando meu mundo.
Poderia ficar assim...
E se tudo fosse nada?
Se não tivesse me encontrado?
Se não tivesse se espalhado?
Nada mudaria?
Nunca fui nada,
sem você ter passado por essa estrada.
Sem você ter feito daqui sua morada.
Se minha rima fosse essa...
Seria pobre.
Cinza.
Esfumaçada.
Desvairada.
Por mais que lutemos,
nossos opostos se atraem.
Você  pode até fugir...
Mas...me deixa só descobrir...
Se eu não deveria estar aqui?
Por um...
Fecha os olhos...

domingo, 4 de abril de 2010

Vida que passa



Tanto tempo...
Tanto pra dizer.
Tanto por dizer.
Tantos pormenores.
 A vida sempre toma o rumo do aperto.
Segue o seco.
Segue.
Tanto tempo...
Até quando ela me renega
Até quando vivo na miséria
Por que me toma?
Acha pouco?
Então senta aqui no meu conforto
Sinta o olhar torto
Tanto tempo...
Hoje tomo a decisão.
Me  caso por ocasião.
Ela me escolheu,
e eu só a utilizo como diversão.
Tanto tempo...
Hoje meu coração andou apertado.
Parece que Ele mandou seu recado.
Minha vida parece um disco riscado.
Queria amar mais.
Será que não amo demais?
Contraditório racional.
Tanto tempo...
Ando carente.
A mente não deixa andar pra frente.
Cansada dessa luta.
A vida sabe ser dura.
E eu fico fazendo jura.
Esqueço da amargura.
 Tanto tempo...
E eu não cumpri com o prazo.
Fica sempre incompleto.
Como esse verso riscado.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Santo esquecimento!


Eu gosto de tudo que você é em mim.
E tudo que você brinca de ser aí, não me convém.

Acho feio.
Falsos romances de esquina.
Fica sempre no meio!
Se não queria a Colombina,
então porque veio?
Acho ruim esse freio...

Cantarola seu quebranto,
cultiva o desencanto,
colhe amores azedos,
e depois diz que é Santo!?

Dá um tempo que eu to sem?
Não tenho paciência pra desdém.
Meu amor é distribuído,
tem até sapo engolido
mas nem por isso, você vem que tem.

É tudo muito colorido,
mas não é assim também.
Deixas meu coração dolorido,
brinca de vai e vem...
Acha minha gentileza exclusiva?
Não, não. Ela é abusiva!
E se transforma rapidamente
Depende de como é recebida.

Não utilizo malefícios,
nem lhe desejo enguiço.
Só acho desperdício
todos esses artifícios.

Os meus? São gotas de antídotos.
Não ficam poluindo,
e nem diluindo.
Não espalham  vermífugos.

Julgo mesmo,seus silêncios.
Os acho mesquinhos.
Poderiam ser reaproveitados...
E todas aquelas peles borradas, cheiros mesclados?
Todos fictícios? Todos roubados?

Te propus uma mamata
mas queres viver como sociopata...
Eu cidadã do mundo
me transformo então em autocrata
e fico tão esquecida de tudo...
que nem me recordo o Santo desta piada.