sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Esfriamento Emocional


Porque não vejo mais risos floridos?
Não sinto calores retribuídos?
Todos estão corrompidos!
O sorriso é reação em extinção.
O braço faz um laço e não corresponde ao abraço.
Por que brigam? Não se ligam....
Não se importa e fecha a porta??
Na cara de quem consome, de quem tem fome??
De quem ajuda, de quem cedo madruga?
Mundo impaciente...Diferente do que eu pensava como seria de lá pra frente.
Mundo que come gente!
Eu sinto falta do que nem lembro...
Sonho com 4 de setembro.
Minha memória é curta..
Me assusta.
Sinto falta de quando era esperada, acalentada, amada.
Do amor que hoje só ouço falar...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Balão Mágico




Ando tão a pele e flor ultimamente que me sinto só na multidão. Só vejo dedos nervosos, mãos estendidas, rostos virados. Toda a beleza se parte e nada mais me diz. Eu não quero mais atravessar a rua e dar de cara com o lado. Não quero! Renego cópias. Quero bater de frente com o sopro dos quatro ventos. Conversar sobre destinos, rotas, caminhos. Esquentar minha bússola. Cansei. Prefiro subir a fogo e ferro rumo a Éres, Céres ou um planeta azul longínquo. Cheio de ventos novos, tão fortes que não precisam mover uma pá de moinho, para tornarem se gigantescos.
Eu quero subir um balão colorido de poesia e Inflá-lo com as minhas idéias mirabolantes fazendo pose de All Star. Quero me tornar próxima. Falar com a minha estrela guia, a sós, ao pé do ouvido, sussurrar meus desejos mais íntimos, e vê- La brilhar perante meus olhos. Quero sentir os cheiros da minha memória perdendo se em um precipício abaixo das minhas pernas e todos os vizinhos se tornarem distantes.
Desconectar do infecto.Me tornar imperatriz.Conquistar meu cetro e me sentir Elis.

domingo, 14 de setembro de 2008

Último Engodo


De longe vendo o deserto
O céu me diz estar incerto
Será que ele tem razão?
Porque não...
Eu torno tudo fantasioso.
Qual será o tempo?
No assento, me lembro,
ele sempre diz: Nunca quis!
Digo estar de acordo.
Ele acha a atitude certa.
Vem com churumela. Dá sebo nas canela
E eu finjo que decreto certo. Faço pose. Sou magrela.
Logo jogo meu engodo, dou dois de papo e prosa,
que eu quero ver se ele não se entrosa.