segunda-feira, 30 de junho de 2008

Tulipas Azuis

Hoje sonhei com um bosque de ilusões e neblina espessa. Caminhava sentindo o outono fender-se entre os meus dedos descalços e um arrepio constante em minhas costas, me traziam ora ansiedade, ora prazer. Minha visão era desfocada, guiada pela incerteza. Até a neblina se desintegrar em pequenos feixes de luz e cair em meus olhos, transformando se em lágrimas. Um oceano forma se a minha volta. Minha respiração fica inquieta, domina meus órgãos e me deixa dormente, meio demente.

Segui então por instinto árvores infinitas que atravessavam um céu prateado Até surgir uma imensa mão que me carregou sobre as águas. Fechei meus olhos e senti o vento fresco bater no meu rosto, uma linha invisível segurar o canto dos meus lábios e uma respiração mais forte preencher meus pulmões. Um verão inteiro passando por entre as minhas veias, e quando abro os olhos, sobrevoava um lindo mar de Tulipas Azuis.

Imersa nelas, não sentia cheiro de flores, só conseguia sentir o Teu cheiro. Ele me inebriava e todos os meus poros se enrijeciam. A mão se transformou em uma imenso guerreiro de pedra, como os MOAIS, à minha frente. E você surgiu... Por detraz dele... e caminhou na minha direção. Meu coração disparava, minhas pernas tremiam. Nossos opostos produzram forças atrativas. A proximidade dos nossos olhos sedentos uniam nossas bocas tão forte, que machuvam os meus lábios. Rélogios de Dali disparavam à nossa volta , sons de trovoadas seguidas produziam uma música intensa, Forte. Penetrante.

Ficando mais espaçadas a melodia tornou se doce, serena. Pássaros coloridos tocaram um piano vermelho e violinos foram regidos pelo vento.Você, me olhando fundo, pega minha mão delicadamente e junto ao seu corpo quente, dançamos no meio do Mar de Tulipas.

Depois desse sonho, finalmente descobri o que é o Azul.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Uma mistura de sabores

" A ARTE DE VIVER É SIMPLESMENTE A ARTE DE CONVIVER...SIMPLESMENTE DISSE EU? MAS COMO É DIFÍCIL!"
Mário Quintana

Aff! Como eu amo Mário Quintana! Ele sempre me encontra quando preciso. Descobre um jeito de decifrar os meus sentimentos. Vem com suas filosofias certeiras, me dá um tapa bom,na cara. Daqueles de rodopiar o corpo inteiro.Tequila queimando por dentro com direito a chacoalhada no final. Aaaaaii... Sinto toda minha angústia evaporar.
Outra que acaba comigo é a Tracy Chapman... FDP! Hoje me deparei com "Smoke and Ashes"
Essa mulher sempre consegue dosar meu sorriso largo, apertado, com lágrimas.São poucas as que fazem isso... acho que só a Elis.Uma me acalenta com leveza e a outra me pega com força.

http://http://www.webletras.com.br/musica/tracy-chapman/smoke-and-ashes

Ah!
Falando Nisso...
fui ver um filme ontem "Onde andará Dulce Veiga?"do Guilherme de Almeida Prado, baseado no conto do Caio Fernando Abreu( quando vi isso no final entendi tuuuuuudo).Adoro a loucura do Caio. Achei que o filme tinha coisas muito bacanas.Repetições,ilusões.... O surrealismo sempre me entorpecendo.Bato palmas para a coragem desse diretor de transgredir com o cinema brasileiro.Já estou de saco cheio dessa mesmisse. Nem fiquei tão empolgada assim, com o Tropa. Já tinha entendido o recado no Cidade de Deus. Não "ungüento" mais violência gente!
Ah outra... Amei a coluna do Jabor na terça .
Iiiisso querido, escreva sempre sobre amor! POR FAVOR. Já estava com saudades disso. Nada do falso Jabor da internet. Clamamos por ti, original!
Por mim atuaria a vida inteira fazendo filmes seus.
To emotiva hoje né?Ah, é porque eu estou naqueles dias...
Um beijo no nariz
da ...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Saudade

Guarda do Embaú

Saudade do teu cheiro, verdes campos.
Do gelo, azuis mares...
Saudade do calor, em acalantos,
Da serenidade destes lares

Saudade da risada franca,
Da corrida enamorada,
Pela disputa branca,
Na nossa imperial morada.

Saudade cinza do dia
Em que eu era uma,
E nos seus braços sem autonomia,
Descobri-me bruma!

Saudade do multifacetado.
Que em um ato me desorganiza.
Infame! Faço-te, sacramentado.
E a brisa se homogeneíza.

Saudade dos corpos santos,
Que em fagulhas incandescentes,
Evaporaram-se nos tempos,
E já não são mais existentes
...infelizmente


Bjo da Tha