segunda-feira, 22 de março de 2010

Santo esquecimento!


Eu gosto de tudo que você é em mim.
E tudo que você brinca de ser aí, não me convém.

Acho feio.
Falsos romances de esquina.
Fica sempre no meio!
Se não queria a Colombina,
então porque veio?
Acho ruim esse freio...

Cantarola seu quebranto,
cultiva o desencanto,
colhe amores azedos,
e depois diz que é Santo!?

Dá um tempo que eu to sem?
Não tenho paciência pra desdém.
Meu amor é distribuído,
tem até sapo engolido
mas nem por isso, você vem que tem.

É tudo muito colorido,
mas não é assim também.
Deixas meu coração dolorido,
brinca de vai e vem...
Acha minha gentileza exclusiva?
Não, não. Ela é abusiva!
E se transforma rapidamente
Depende de como é recebida.

Não utilizo malefícios,
nem lhe desejo enguiço.
Só acho desperdício
todos esses artifícios.

Os meus? São gotas de antídotos.
Não ficam poluindo,
e nem diluindo.
Não espalham  vermífugos.

Julgo mesmo,seus silêncios.
Os acho mesquinhos.
Poderiam ser reaproveitados...
E todas aquelas peles borradas, cheiros mesclados?
Todos fictícios? Todos roubados?

Te propus uma mamata
mas queres viver como sociopata...
Eu cidadã do mundo
me transformo então em autocrata
e fico tão esquecida de tudo...
que nem me recordo o Santo desta piada.

Um comentário:

Rico disse...

Inspiradíssima, menina!
Adorei.
Beijos
Rico