segunda-feira, 4 de agosto de 2008

John me persegue






Nosso encontro não foi à primeira vista. Nosso amor não foi na segunda visita. Você me pegou devagar. Leve.E foi se descobrindo aos poucos dentro de mim. E o doce dos seus lábios,sussurrou lentamente em meus pulsos.

Ei! Aonde você vai? Não é assim não. Eu tenho que te ter de perto. Téte a Téte.
Quando você apareceu na minha frente só consegui te admirar. Esqueci até de mim. E você quer ir? Por quê? O que eu faço?

Quando corri no meio da chuva e achei você, caminhando com as mãos no bolso naquela ponte, com a cabeça pro céu, fazendo à sua maneira, você tinha um brilho a sua volta, e ele  era verdadeiro. Intenso. Reluzente.

E isso não se dissipou. E me fez querer mais e mais. Overdose, síncopes de você...

Eu só queria escutar o som da sua melodia. Do seu gemido. Sentir seus lábios de menino. Sorriso de canto me pegando de Santo. Brincando debaixo do manto...

Ver você dirigindo devagar a minha vida me soa tão reconfortante...Suas mãos firmes no volante. Rolando forte na poeira que fica quando estamos unidos. Feroz, quente, deserto de almas únicas...

 Por quê? Por que John?

Arranca essas suas superstições e me pegue no chão. Só você me faz respirar apressada. Forte. Com um objetivo. Marcante. Que me traz esse meu sorriso. Essa placa na minha testa que todos dizem vê-la.

Eu não quero te observar por frestas. Quero bancar a sua. Brincar nua.
Você é tão bom pra mim, sabia? Nem sabe o quanto. Esquece. Esquece. Esquece mesmo! Esquece e me pega de jeito! Faz isso direito…

 Você realmente poderia ser perfeito.

Quando vejo você parece de verdade... Mas não, eu estou sozinha. Querendo bancar a sua. Fazendo jura. Eu vou te perseguir. Construir caminhos pra nos unir. Espera.

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