domingo, 3 de agosto de 2008

Clandestina de mim


O diário é meu espelho. Reflete meu ideal, e repele minhas rejeições dolorosas. Se não escrevo nele, não existe mais.Apago da minha memória. Não me enfrento.Me invento, viro vento. Clandestina de mim mesma.Vivo na ilegalidade do meu corpo criando a MINHA verdade psicológica. Crio um clã de destinos. Fujo dessa realidade podre, pobre, vazia, hipócrita, sem poesia. Dos pensamentos burgueses dos compre em dez vezes. Danem-se. Quero me alimentar de sonhos. O sonho invade a minha realidade como uma droga. Meu êxtase contínuo.Orgasmo múltiplo.Oxigênio.Estrogênio. Se priorizou como objetivo de vida. ELE é a minha vida. Minha arte. Que me inebria me consome. Eu ela somos uma só. Necessito, a todo o momento, estar conectada a ela. Não importa como. Seja criando a minha realidade ou vivendo a minha realidade criada. Ok... Sou uma clandestina da verdade.Eu escrevo para criar um mundo melhor, diferente. Transformo a realidade e a verdade que vejo na minha frente. Vocês podem me considerar louca, inconseqüente. Mas foi o modo que achei para não definhar eternamente.
Thaís Vaz

2 comentários:

Mateus Solano disse...

Bonito, coelha! Síntese de muita coisa bela, vontade do artista, céu e inferno num ponto só e várias maneiras de expressar o belo. Beijo carinhoso

gabriel garcia disse...

Que texto ótimo virginiana!!!!! to gostando desse lance de blog porque a gente descobre uma parte que nem sempre as pessoas mostram de primeira!!! Vou ler todos os seus textos!!!

bjaummmm